É lendo que se aprende estudando que vamos longe..
.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Universidade Federal de Campina Grande
Aluna: Maria Betânia
Professora: Auxiliadora Período: 2011.2
Componente curricular: Letras; Português.

Fichamento do texto: Flexão e Derivação: O grau (Carlos Alexandre Gonçalves)

1ª GRADAÇÃO: Categoria que indica atitudes subjetivas do falante em relação ao enunciado ou a alguma de suas partes. Estudo morfopragmático.
2ª FLEXÃO: Alteração na palavra indicando gênero e numero exigindo a concordância no sintagma nominal.
3ª DERIVAÇÃO: Alteração na palavra indicando gênero, sem ativar a concordância no sintagma nominal.
4ª GENERO: Marcas morfológicas obrigatórias nos nomes, indicando feminino e masculino.
5ª GRAU: Variação dos nomes.
6ª Para as Gramaticas, grau não é flexão como gênero e numero, para os livros didáticos e gramaticas pedagógicas grau é flexão, exemplo: substantivo e adjetivo se flexionam em gênero numero e grau.
7ª LINGUISTICAS: existem oito critérios de classificação:
• A flexão é mais produtiva que a derivação no sentido de que estrutura paradigmas mais regulares e sistemáticos.
• Paradigmas dos verbos regulares, conjunção verbal: Nome de seres animados tem em geral quatro formas; masculino, feminino, singular e plural.
• Sufixos derivacionais constituem o núcleo de uma palavra morfologicamente complexa: Os flexionais sempre se comportam como adjunto exemplo: Na derivação a interpretação parte do sufixo para a base, “bananal, local onde se concentram plantações de bananas”. Neste caso, o significado do sufixo sobressai em relação ao de base, sendo colocado em primeiro plano por engatilhar a elaboração da paráfrase.
• Na flexão a interpretação parte da base para o sufixo, exemplo: Gata, o principal elemento significativo é base, pois é em função do seu conteúdo que se interpreta a construção morfologicamente complexa: pode-se pensar em paráfrase do tipo gato do sexo masculino.
• Três argumentos comprovam o status nuclear do sufixo nas formações derivadas: A determinação da categoria lexical; a atribuição do gênero e a opacidade morfológica.
• Processos flexionais não são responsáveis por mudanças de categorias lexicais, exemplo: MeninoS e garotA .
• Alguns sufixos de grau não alteram a classe gramatical, exemplo: Casa, casarão = substantivo.
• A flexão e semanticamente mais regular do que a derivação, os sufixos derivacionais apresentam significados variados de uma palavra para a outra, exemplo: inho pode indicar sentido positivo ou negativo, dependendo da impressão.
• Elementos da flexão são mutua e logicamente excludentes, ou é singular ou é plural, exemplo: livrãozão= livro+ ão+zão = recursividade, garotoa= garot +o+a , masculino e feminino ao mesmo tempo = excelência .
• Arbitrariedade /desvios é frequente nas operações derivacionais e pouco prováveis nas flexionais.
• Lexicalização / base não- nominais: Aquelazinha ; rizomorfêmica : nigêrrimo ;semântica: coxinha.

8ª Como resolver o impasse:
• Nenhuma classificação pode ser apresentada como verdade absoluta.
• O que há em uma gradação, num continuo é uma expressão prototípica de flexão num polo, exemplo: Morfes modo-temporais. Neste caso de dúvida tudo é relativo e não totalmente absoluto.
9ª Orientação para o ensino.
• Não priorizar a classificação (flexão?) (derivação?);
• Enfatizar o grau como recursos de expressividade e estruturação, discursiva e textual;
• Principal função do grau: Expressão da subjetividade;
• Estudar flexão separada de grau;
• Informar que os afixos de grau não indicam apenas tamanho;
• Descrever o grau associado a noções de formalidade e modalidade;
• Atentar para os casos lexicalizações;
• Vincular o estudo de grau com figuras de linguagem;
• Apresentar grau articulado com leitura e produção de texto.







Campina Grande PB 13/10/2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Oralidade e Letramento

1. Práticas sociais na civilização contemporânea: Fala e escrita.
1.2 Mais do que uma simples mudança de perspectiva, isto apresenta a construção de um novo abjeto de análise e uma nova concepção de língua e de texto, vista como um conjunto de práticas sociais.
1.3 A parti dos anos 80 operou-se esta visão e os estudantes das três décadas anteriores examinavam a oralidade e a escrita como elas sendo opostas.
1.4 Street (1984) chamou de ´´paradigma da autonomia`` , considerava-se a relação oralidade e letramento como dicotômica.
1.5 Hoje oralidade e letramento predomina-se a oposição como sendo atividades interativas e complementares no contexto das praticas sociais e culturais.
2. As línguas se fundam em usos, pois é através dos usos que é determinada a variação linguística e todas as suas manifestações.
2.1 Numa sociedade como a nossa, a escrita, enquanto manifestação formal dos diversos tipos de letramento é mais que tecnologia.
2.2 A escrita é derivada e a fala é primaria. A escrita não pode ser dita como uma representação da fala, porque ela não consegue reproduzir muitos dos fenômenos da oralidade, tais como a prosódia, a gestualidade, os movimentos do corpo e dos olhos, entre outros.
2.3 Em contrapartida, a escrita apresenta elementos significativos próprios, ausentes na fala, tais como o tamanho e tipo de letras, cores e formatos, elementos pictóricos, que operam como gestos, mímica e prosódia praticamente representados.
2.4 Hoje a questão tão discutida das comunicações escritas ditas´´sincrônica``, ou seja em tempo real a internet. Este ´´escrever`` tem até uma designação própria: ´´teclar`` .
2.5 A fala (enquanto manifestação da pratica oral) é adquirida naturalmente em contextos informais do dia -a- dia e nas relações sociais e dialógicas que se instauram desde o momento em que a mãe da seu primeiro sorriso ao bebê.
3. Praticas de letramento, isto é, um tipo de processo histórico e social que não se confundem com a realidade representada pela alfabetização regular e institucional.
3.1 A escrita é usada em contexto básicos da vida cotidiana: o trabalho, a escola, o dia-a-dia, a família, a vida burocrática e a vida intelectual.
3.2 Em cada um desses contextos, as ênfases e os objetivos do uso da escrita são variados e diversos.
3.3 Padrões de alfabetização: apropriação/distribuição da escrita e leitura do ponto de vista formal e institucional.
3.4 Processos de letramento: usos/papéis da escrita e leitura em quanto praticas sociais mais amplas.
4. Letramento, alfabetização e escolarização.
4.1 O letramento é um processo de aprendizagem social e histórica da leitura e da escrita em contextos informais e para usos utilitários, por isso é um conjunto de praticas.
4.2. Alfabetização pode dar-se, como de fato se deu historicamente, à margem da instituição escolar, mas é sempre uma aprendizagem mediante ensino, e compreende o domínio ativo e sistemático das habilidades de ler e escrever.
4.3. Escolarização é uma prática formal e institucional de ensino que visa a uma formação integral do indivíduo.
4.4. Na sociedade atual, tanto a oralidade quanto a escrita são imprescindíveis.
4.5. A escrita é um fato histórico e deve ser tratado como tal e não como um bem natural.
5. Oralidade versus letramento ou fala versus escrita?
5.1. A oralidade seria uma prática social interativa para fins comunicativos que se apresenta sob variadas formas ou gêneros textuais fundados na realidade sonora.
5.2. O letramento envolve as mais diversas práticas da escrita na sociedade e pode ir desde uma apropriação mínima da escrita.
5.3. Exemplo de letramento: Um individuo é analfabeto mas ele identifica o ônibus que deve tomar consegue fazer cálculos complexos, sabe distinguir mercadorias pelas marcas, identifica o valor do dinheiro etc..
5.4. A fala seria uma forma de produção textual-discursiva para fins comunicativos na modalidade oral, sem a necessidade de uma tecnologia além do aparato disponível pelo próprio ser humano.
5.5. A escrita seria um modo de produção textual-discursivo para fins comunicativos com certas especificidades materiais e se caracterizaria por sua constituição gráfica, embora envolva também recursos de ordem pictórica e outros.
6. A perspectiva da dicotomia estrita tem o inconveniente de considerar a fala como lugar do erro e do caos gramatical, tomando a escrita como o lugar da norma e do bom uso da língua.
6.1. Etnocentrismo, supervalorização da escrita e tratamento globalizante.
6.2. Etnocentrismo diz respeito a uma forma de ver as culturas alienígenas a parti da própria cultura e valorizar aspectos dentro de uma perspectiva em que se situa o autor.
6.3. A supervalorização da escrita leva a uma posição de supremacia das culturas com escrita ou até mesmo dos grupos que dominam a escrita dentro de uma sociedade desigualmente desenvolvida.
6.4. A perspectiva interacionista preocupa-se com processos de produção de sentido tomando-os sempre como situados em contextos sócio- historicamente marcados por atividades de negociação ou por processos inferenciais.
6.5. Aspecto relevante para a observação da relação fala e escrita.
7. A linga, seja na sua modalidade falada ou escrita, reflete, em boa medida, a organização da sociedade.
7.1. A escrita, por sua vez, pelo fato de ser pautada pelo padrão, não é estigmatizadora e não serve como fator de identidade individual ou grupal.
7.2. Uma primeira observação a ser feita é a que diz respeito à própria visão comparativa da relação entre fala e escrita.
7.3. Escrita impressão algo natural claro e definido. O contrário ocorre com a consciência espontânea que se desenvolveu a respeito da fala.
7.4. A hipótese que defendemos supõe que: as diferenças entre fala e escrita se dão dentro do continuum tipológico das praticas sociais de produção textual e não na relação dicotômica de dois polos opostos.






Universidade Federal de Campina Grande
Unidade Acadêmica de Letras
Componente curricular: Letras
Período: 2011.2
Aluna: Maria Betânia da Costa Ataíde
Professora: Socorro Paz



Fichamento do texto (Oralidade e Letramento)











Campina Grande 19/05/2011
Universidade Federal de Campina Grande
Unidade Acadêmica de Letras
Professora: Socorro Paz
Aluna: Maria Betânia da Costa Ataíde
Período: 2011.1
Curso: Letras


Fichamento (Quando se ensina língua, o que se ensina?).
1. Quando se ensina a língua, o que se ensina?
*Antônio Augusto G. Batista faz essa pergunta na introdução de seu livro para este autor, tratava-se da questão do ensino de língua portuguesa, mas nesse texto trata-se da língua e não apenas do Português, não apenas do ensino, mas do estudo, a qual se aplica o caso da língua.
Segundo Batista “Aquilo que se ensina não são as próprias coisas (a língua ou a historia mesma ), mas antes, um conjunto de conhecimento sobre as coisas ou um modo, dentre outros possíveis, de se relacionar com elas”.
1.1. Esta postura sugere que o ensino, seja lá o que for, é sempre o ensino de uma visão do objeto e de uma relação com ele.
1.2. Isto vale para o nosso objeto a língua; e mais ainda para os fenômenos aos quais nos dedicamos aqui: *O texto, os gêneros e a compreensão.
1.3. Outra reflexão sobre o que se ensina ou estuda quando se ensina ou estuda a língua, segundo Batista.
1.4. Gramática Nacional, Língua Pátria ou Idioma Nacional. Comunicação ou Expressão, Português.
2. É também na alteração desses pontos de vista ou a competição entre eles que pode explicar em certas medidas as polêmicas e as verdadeiras lutas que com frequência se travam para a definição de seu objeto e objetivos.
• A gramática? A leitura e a escrita? A língua oral? O processo de enunciação de textos escritos? O domínio de uma língua considerada lógica e correta em si mesma? O domínio de uma variedade linguística prestigiada socialmente?
• Dependendo da resposta que forem dadas a essas questões, diferentes práticas ensinarão diferentes objetos, com diferentes objetivos.
• Não é uma única teoria de Ensino que vai conter toda verdade, todas têm sua motivação.
2.1. Análise da língua com base na produção textual que o ensino de língua deva dar-se através de textos é hoje um consenso tanto entre linguistas teóricos como aplicados forma de trabalhar textos.
• As questões do desenvolvimento histórico da língua.
• A língua em seu funcionamento autêntico e não simulado.
*As relações entre fala às diversas variantes linguísticas
* As relações entre fala e escrita no uso real da língua.
2.2. Em muitos outros aspectos facilmente imagináveis, pois essa relação não é exaustiva, nem obedece a alguma ordem lógica de problematização.
2.3. Sabemos que um problema do ensino é o tratamento inadequado, para não dizer desastroso, que o texto vem recebendo, não o bastante as muitas alternativas e experimentações que estão sendo hoje tentadas.
2.4. Considerando os objetivos básicos da escola no trato da língua, é oportuno levantar a questão de se a escola deve trabalhar apenas o texto escrito ou envolvesse também com a questão oral.
3. Creio que ao se enfatizar o ensino da escrita não se deve ignorar a fala, pois a escrita reproduz o seu modo e com regras próprias, o processo interacional de conversação, da narrativa oral e do monólogo, para citar alguns.
3.1. A razão é simples, pois desenvolver um texto escrito é fazer as vezes do falante e do ouvinte simuladamente.
• Quando se estuda a língua o que se estuda?
• Maria de Fátima Carvalho Lopes reflete o seguinte.
• O que justifica a intervenção escolar num processo de aquisição que acontece naturalmente?
• Um dos objetivos gerais do ensino do português é desenvolver a competência da comunicação.
3.2. Em primeiro lugar, deve-se ter muito cuidado com a noção de competência comunicativa que não se restringe a uma dada teoria da informação ou da comunicação, mais amplos de uma etnografia da fala, uma análise das interações verbais, produções discursivas e atividades verbais e comunicativas em geral sem ignorar a cognição.
3.3. Nessa perspectiva, o trabalho em língua materna parte do enunciado e suas condições de produção para entender e bem produzir textos.
3.4. É claro que a gramática tem uma função sociocognitiva relevante, desde que entendida como uma ferramenta que permite uma melhor atuação comunicativa.
4. O que não se pode continuar fazendo é um trabalho isolado num só nível como se este fosse (auto) suficiente.
• Portanto, dizer que a análise da língua se limita a sintaxe é reduzir a língua a algo muito delimitado, pois os aspectos textuais e discursivos, bem como as questões pragmáticas, sócias e cognitiva são muito relevante e daí não se pode evitar de considerar o funcionamento da língua em textos realizados em gêneros.
• Noção de língua, texto, textualidade e processos de textualização.
• Texto e discurso não distinguem fala e escrita como querem alguns nem distinguem fala e escrita como querem alguns nem distinguem de maneira dicotômica duas abordagens em todos os casos, observa-se que discurso é visto como uma pátria e não como um objeto ou um artefato empírico.
4.1. Aprofundo a noção de língua por nos adotada. Nesse caso, não se deixa de admitir que a língua seja um sistema simbólico. Contudo ela é tomada como uma atividade sociointerativa desenvolvida em contextos comunicativos historicamente situados.
4.2. As teorias que privilegiavam o código (o significante) como objeto de análise e via a língua como um sistema de regras estruturada e determinado, mão tinha condição de se fazer indagações relevante sobre uma série de aspectos, por exemplo, a relação entre a língua falada e a língua escrita.
4.3. Diferentemente da língua a qual os manuais didáticos em geral operam, pode admitir que:
1ª A língua é um sistema simbólico geralmente opaco, não transparente e indeterminado sintática e semanticamente.
2ª A língua não é um simples código autônomo, estruturado como um sistema abstrato e homogêneo, preexistente e exterior ao falante; sua autonomia é relativa.
3ª A língua recebe sua determinação a partir de um conjunto de fatores definidos pelas condições de produção discursiva que concorrem para a manifestação de sentidos com base em textos produzidos em situações interativas.
4ª A língua é uma atividade social, histórica e cognitiva, desenvolvida de acordo com as praticas socioculturais e, como tal, obedece a convenções de uso fundadas em normas socialmente instituídas.
5. Enquanto fenômeno empírico, a língua não é um sistema abstrato e homogêneo, mas é:
1ª Heterogênea 1ª Indeterminada
2ª Social 2ª Variável
3ª Histórica 3ª Interativa
4ª Cognitiva 4ª Situada
5.1. Finalmente, postulamos também que a língua é uma forma de ação, ou seja, um trabalho que se desenvolve colaborativamente entre indivíduos na sociedade.
5.2. Noção de sujeito e subjetividade
• Para muitos autores, a reflexão sobre o funcionamento da língua em sociedade depende da noção do sujeito que temos.
• Para Possenti (1993), tratar do sujeito é responder à questão da relação entre quem fala e o que é falado.(cf.Possenti, pp.15-17).
5.3. Noção de texto e linguística de texto.
• Todos sabemos que a comunicação linguística ( e a produção discursiva em geral ) não se dá em unidades isoladas, tais como fonemas, morfemas ou palavras soltas, mas sim em unidades maiores, ou seja, por textos.
• O texto pode ser tido como um tecido estruturado, uma entidade significativa, uma entidade de comunicação e um artefato sócio-histórico.
• Dizer que os critérios definidores das propriedades de um texto são heurísticos equivale a propor que sejam indicativos e sugestivos para permitir a produção e a compreensão, mas não regras rígidas e formais como condições necessárias e suficientes para a boa-formação textual.
5.4. Hoje em dia, não faz muito sentido discutir se o texto é uma unidade da langue (do sistema da língua) ou da parole (odo uso da língua). Trata-se de uma unidade comunicativa (um evento) e de uma unidade de sentido realizada tanto no nível do uso como no nível do sistema.
6. O que se pode afirmar com certa segurança é que a sequência dos enunciados num texto não pode ser aleatória sob o ponto de vista linguístico, discursivo ou cognitivo.
• O texto acha-se construído na perspectiva da enunciação. E os processos enunciados não são simples nem obedece à regra fixas.
• Embora imagens e metáforas sejam heuristicamente adequadas para dar uma visão plasticamente rica e clara, é necessário, num passo posterior, enfrentar as questões teóricas e praticas.
• Beaugrande (1997), diz que: “O texto é um sistema atualizado de escolhas extraído de sistemas virtuais entre os quais a língua é o sistema mais importante”.
• Ele ainda diz que “É essencial tomar o texto como um evento comunicativo no qual convergem ações linguísticas, cognitivas e sociais”.
6.1. Na operação com a língua, lidamos mais do que com um simples uso de regras, sejam elas de sequênciação ou outras quaisquer.
6.2. Relacionando texto, discurso e gênero.
• Não é interessante distinguir rigidamente entre texto e discurso, pois a tendência atual é ver um continuo entre ambos com uma espécie condicionamento mútuos.
• A ideia do texto como “objeto de figura” sugere que se trata de uma configuração, ou seja, de uma esquematização que conduz a uma figura ou uma figuração.
• Entre o discurso e o texto está o gênero, que é aqui visto como prática social e prática textual-discursiva.
6.3. A textualidade e sua inserção situacional e sociocultural
• É importante ter presente que, se por um lado, o texto se ancora no contexto situacional com a decisão por um gênero que produz determinado discurso, e por isso não é uma realidade virtual, por outro lado, ele concerne às relações semânticas que se dão entre os elementos no interior do próprio texto.
6.4. Critérios de Textualização: Visão Geral.
• Os critérios de textualidade, tal como foram primeiramente definidos por Beaugrande /Dressler (1981), devem ser tomados com algumas ressalvas. Primeiro porque não se podem dividir os aspectos da textualidade de forma tão estanque e categórica.
7. Coesão: Para muitos, a coesão é o critério mais importante da textualidade.
7.1. Os processos de coesão dão conta da estruturação da sequência [surperficial] do texto (seja por recursos conectivos ou referenciais); não simplesmente princípios sintáticos.
7.2. A coesão sempre foi vista como um fenômeno da superfície do texto.
• A conexão referencial (realizada por aspectos mais especialmente semânticos).
• A conexão sequencial (realizada mais por elementos conectivos).
7.3. Coerência: Para Beaugrande (1980:19), a coerência subsome os procedimentos pelos quais os elementos do conhecimento são ativados, tais como a conexão conceitual. A coerência representa a análise do esforço para a continuidade da experiência humana.
7.4. A coerência é, sobretudo, uma relação de sentido que se manifesta entre os enunciados, em geral de maneira global e não localizada. Na verdade, a coerência providencia a continuidade de sentido no texto e a ligação dos próprios tópicos discursivos.
8. Intencionalidade:
• O critério da Intencionalidade, centrado basicamente no produtor do texto, considera a intenção do autor como fator relevante para a textualização.
• A intencionalidade diz respeito ao que os produtores do texto pretendiam, tinham em mente ou queriam que eu fizesse com aquilo.
8.1. Aceitabilidade:
• Diz respeito à atitude do receptor do texto (é um critério centrado no alocutário), que recebe o texto como uma configuração aceitável, tendo-o como coerente e coeso, ou seja, interpretável e significativo.
8.2. A aceitabilidade, enquanto critério da textualidade parece ligar-se a noções pragmáticas a ter uma estreita interação com a intencionalidade, como lembrou Beaugrande (1997:14).
8.3. Situacionalidade
• O critério da situacionalidade refere-se ao fato de relacionarmos o evento textual à situação (social, cultural, ambiente etc.). A situacionalidade não só serve para interpretar e relacionar o texto ao seu contexto interpretativo, mas também para orientar a própria produção.
8.4. Intertextualidade
*Este critério subsome as relações entre um dado texto e os outros textos relevantes encontrados em experiências anteriores, com ou sem mediação.
• A intertextualidade, que supõe a presença de um texto em outro ( por citação, alusão etc.)
• A intertextualidade é um fator importante para o estabelecimento dos tipos de texto na medida em que os relaciona e os distingue.
• O que se pode dizer é que a intertextualidade, mais do que um simples critério de textualidade, é também um princípio constitutivo que trata o texto como uma comunhão de discursos e não como algo isolado.
9. Informatividade
• Este critério é o mais óbvio de todos, pois um texto é coerente é porque desenvolve algum tópico, ou seja, refere conteúdos.
• A rigor, a normatividade diz respeito ao grau de expectativa ou falta de expectativa, de conhecimento ou desconhecimento e mesmo incertezas do texto oferecido.
• Portanto, informatividade é um critério bastante complexo e pouco especifico.
9.1. Avaliação dos sete critérios da textualidade
• Segundo Beaugrande/Dressler (1981:20), estes critérios podem ser observados assim:
1ª Dois deles são orientados pelo texto (coesão e coerência)
2ª Dois pelo aspecto psicológico (intencionalidade e aceitabilidade)
3ª Um pelo aspecto computacional (informatividade)
4ªDois pelo aspecto sociodiscursivo (situacionalidade e intertextualidade)
• Daí dizer-se, como Beaugrande (1997), que o texto é um evento em que convergem ações linguísticas, cognitivas e sociais.
Universidade Federal de Campina Grande
Curso de extensão: Mídia Digital no Ensino
Professora: Willianny Miranda
Aluna: Maria Betânia da Costa Ataíde
Período: 2011.1



Resumo

A INSERÇÃO DO GÊNERO DIGITAL BLOG NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Leonardo Neves de Macêdo1
Maria Lúcia Serafim2

1. O blog foi escolhido na prática pedagógica do professor para melhorar a possibilidade de motivação e aprendizagem ao professor e aos estudantes.
1.1 Um dos objetivos foi inserir os alunos em uma vivência didática com a ferramenta, integrando este site aos estudos da disciplina.
1.2 A internet é utilizada em várias tarefas, das mais simples às mais complexas, como forma de obter melhores resultados.
1.3 O gênero digital blog é uma ferramenta facilitadora de interação e comunicação, dada a sua exposição midiática.
2. As Tecnologias Digitais e a Educação.
2.1 A Internet, o telefone celular, entre outros, têm mudado radicalmente a maneira como realizamos algumas tarefas.
2.1 Já se discute abertamente o impacto, cada vez maior, do uso das chamadas tecnologias digitais da informação e da comunicação da sociedade.
2.2 As distâncias estão sendo encurtadas, e a troca de informação esta acontecendo numa velocidade cada vez maior.
2.3 Não precisamos mais sair de nossas casas para realizarmos algumas tarefas simples como ir ao banco, fazer compras etc.
7. Prática Pedagógica, e a Inserção do Computador/Internet como Cultura.
Escolar.
8. Como pensar computador e Internet como elementos culturais de aprendizagem?
8.1 É competência do professor, ficar a par das questões relativas à sociedade da informação.
9. A Ferramenta blog e o seu Uso na Educação
9.1 Blogs é a contração da expressão inglesa weblog.
9.2 Weblog, portanto, é uma espécie de diário mantido na internet por um ou mais autores regulares.
9.3 O primeiro blog surgiu em meados de 1999 e o número não parou de crescer.
10. Vantagens e desvantagens na utilização do blog.
10.1 As vantagens destacadas, dizem respeito: a forma ágil de se trabalhar, a curiosidade que fica aguçada com o uso da Internet, o dinamismo da pesquisa e da aula.
10.2 E como desvantagem, uma participante marca bem que esta metodologia gerou a possibilidade de dispersão quando da pesquisa na internet.
10.3 Concluem-se, portanto, que apesar das constatações sobre as dificuldades encontradas para inserir qualitativamente as tecnologias da informação e comunicação no ambiente escolar, houve avanços no que diz respeito à conscientização tanto por parte da escola, como de professores e alunos diante desta vivência interventiva.