Universidade Federal de Campina Grande
Aluna: Maria Betânia
Professora: Auxiliadora Período: 2011.2
Componente curricular: Letras; Português.
Fichamento do texto: Flexão e Derivação: O grau (Carlos Alexandre Gonçalves)
1ª GRADAÇÃO: Categoria que indica atitudes subjetivas do falante em relação ao enunciado ou a alguma de suas partes. Estudo morfopragmático.
2ª FLEXÃO: Alteração na palavra indicando gênero e numero exigindo a concordância no sintagma nominal.
3ª DERIVAÇÃO: Alteração na palavra indicando gênero, sem ativar a concordância no sintagma nominal.
4ª GENERO: Marcas morfológicas obrigatórias nos nomes, indicando feminino e masculino.
5ª GRAU: Variação dos nomes.
6ª Para as Gramaticas, grau não é flexão como gênero e numero, para os livros didáticos e gramaticas pedagógicas grau é flexão, exemplo: substantivo e adjetivo se flexionam em gênero numero e grau.
7ª LINGUISTICAS: existem oito critérios de classificação:
• A flexão é mais produtiva que a derivação no sentido de que estrutura paradigmas mais regulares e sistemáticos.
• Paradigmas dos verbos regulares, conjunção verbal: Nome de seres animados tem em geral quatro formas; masculino, feminino, singular e plural.
• Sufixos derivacionais constituem o núcleo de uma palavra morfologicamente complexa: Os flexionais sempre se comportam como adjunto exemplo: Na derivação a interpretação parte do sufixo para a base, “bananal, local onde se concentram plantações de bananas”. Neste caso, o significado do sufixo sobressai em relação ao de base, sendo colocado em primeiro plano por engatilhar a elaboração da paráfrase.
• Na flexão a interpretação parte da base para o sufixo, exemplo: Gata, o principal elemento significativo é base, pois é em função do seu conteúdo que se interpreta a construção morfologicamente complexa: pode-se pensar em paráfrase do tipo gato do sexo masculino.
• Três argumentos comprovam o status nuclear do sufixo nas formações derivadas: A determinação da categoria lexical; a atribuição do gênero e a opacidade morfológica.
• Processos flexionais não são responsáveis por mudanças de categorias lexicais, exemplo: MeninoS e garotA .
• Alguns sufixos de grau não alteram a classe gramatical, exemplo: Casa, casarão = substantivo.
• A flexão e semanticamente mais regular do que a derivação, os sufixos derivacionais apresentam significados variados de uma palavra para a outra, exemplo: inho pode indicar sentido positivo ou negativo, dependendo da impressão.
• Elementos da flexão são mutua e logicamente excludentes, ou é singular ou é plural, exemplo: livrãozão= livro+ ão+zão = recursividade, garotoa= garot +o+a , masculino e feminino ao mesmo tempo = excelência .
• Arbitrariedade /desvios é frequente nas operações derivacionais e pouco prováveis nas flexionais.
• Lexicalização / base não- nominais: Aquelazinha ; rizomorfêmica : nigêrrimo ;semântica: coxinha.
8ª Como resolver o impasse:
• Nenhuma classificação pode ser apresentada como verdade absoluta.
• O que há em uma gradação, num continuo é uma expressão prototípica de flexão num polo, exemplo: Morfes modo-temporais. Neste caso de dúvida tudo é relativo e não totalmente absoluto.
9ª Orientação para o ensino.
• Não priorizar a classificação (flexão?) (derivação?);
• Enfatizar o grau como recursos de expressividade e estruturação, discursiva e textual;
• Principal função do grau: Expressão da subjetividade;
• Estudar flexão separada de grau;
• Informar que os afixos de grau não indicam apenas tamanho;
• Descrever o grau associado a noções de formalidade e modalidade;
• Atentar para os casos lexicalizações;
• Vincular o estudo de grau com figuras de linguagem;
• Apresentar grau articulado com leitura e produção de texto.
Campina Grande PB 13/10/2011
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